sexta-feira, setembro 28, 2007

Homenagem



















Homenagem ao primo Marcelo Marreiros dos Santos

A minha singela homenagem, ao grande homem que foi este meu primo, por afinidade.
Tive o gosto de conhecê-lo em Luanda, onde me deu o grato prazer de verificar o desportista arrojado e bom conhecedor dos segredos do mar e de seus habitantes. A facilidade com que fazia mergulho de profundidade, em águas infestadas de tubarões deu-me a real dimensão da sua coragem e perícia, como desportista e homem. Algumas vezes o vi mergulhando destemidamente na praia da Caotinha, na Cidade de Benguela, Angola, onde os tubarões abundavam, ao interrogá-lo se não tinha medo, respondia com o seu eterno sorriso: São meus amigos de longa data.
Já cá em Portugal. O seu gosto pela aventura levou-o a trocar o conforto de seu automóvel pela mota HONDA GOLD WING, Tornando-se um motard, que facilmente fazia amizades por onde andava, foi aí que o destino o acompanhou, com as palmas dos seus camaradas motards.

Deus o tenha em descanso na glória dos homens bons.

Meu destino foi o te conhecer,
Amigo do amigo sempre igual.
Raro é o homem que ao viver,
Consegue da família ser mural.
Enlevo de todos e o querer,
Levou-te esse destino fatal.
Oh! Saudade... Não te vamos esquecer.

Saudade primo e amigo

Morremos um pouco é a verdade,
somente em nós ficou a lembrança.
Porque ao partir, deixaste a saudade;
Foi de ti a mais bela herança.

A família não te vai esquecer

Porque o teu sorriso era uma vida,
que a todos nos dava felicidade.
Tua perda foi para nós ferida,
foi a vida… e sua crueldade.

A sua liberdade conquistou

Escorre das mãos esta saudade,
porque como tu, amo voar…
Sentir o vento é a verdade,
que nos faz ser livres e amar.

Percorre as estradas motard, amigo…
Na liberdade que dá o vento;
És o anjo que levo comigo,
pois em ti está meu pensamento.

Andarás comigo na saudade;
Voaremos por campos e trigais.
Seremos livres nessa verdade…
Escravos da vida… Nunca mais!

Foi assim meu primo e amigo, que conquistaste a tua LIBERDADE.
Que o bom DEUS te receba como um verdadeiro e bom homem que sempre foste.
António L. Ferreira
(Zumaia)
Sines - Portugal

Póvoa de Santo Adrião, 11 de Setembro de 2007
1939 - 2007

domingo, setembro 23, 2007

OUTONO


















Tardes nervosas de Outono
António Zumaia

Outono é renovação!
De flores… de todas as cores;
Dessas dores… fruto de amores;
Renovar de um coração…

As calmas tardes de Outono.
A folhagem… já caindo;
A paisagem… colorindo;
Repousando em belo sono…

Mas há as tardes nervosas.
Do vento… que aparece;
O pensamento… escurece
e bailam todas vaidosas.

Esse bailado é a vida.
Sentindo… a melodia;
Já rindo… com alegria;
Na paisagem colorida.

Da vida a transformação.
Calmaria… já passou;
Esse dia… acabou;
O solarengo Verão.

Outono é morte e vida…
Pois tudo vai… renascer;
A folha cai… é viver;
Da floresta renascida.

Se de Outono já vicejas;
Foi a vida… que assim quis.
Vai à lida… e sê feliz;
Pois renascer tu desejas.

FELIZ Outono de 2007
António Zumaia Já no Outono da vida

Fábrica de Sonhos
http://vadio31.spaces.live.com/


terça-feira, setembro 18, 2007

Um recado para Madeleine McCann.





















Minha querida Maddie estejas onde estiveres, ou brincando no jardim do Senhor com os anjos da tua idade, ou nas mãos de um malvado qualquer, quero que tu saibas que todos nós os Portugueses te lembramos com muito carinho e ternura. Em especial a população da Praia da Luz que verte lágrimas de tristeza, por ter albergado monstros, que apagaram o teu sorriso de alegria.

Quero dizer-te que infelizmente ainda não sabemos os nomes dos monstros e possivelmente nunca o saberemos. Mas podes crer que se os homens não encontrarem os criminosos, Deus os fará pagar. Para ELE não há milionários capazes de pagar a defesa, nem advogados corruptos capazes de tudo fazerem, por dinheiro.
Uma coisa é certa, teus pais estão bem de vida e nada de mal lhes vai acontecer, a não ser perder-te. Se for esse o caso.

Aqui em Portugal o povo diz: “Quem não deve não teme”. Mas pelo que me apercebo os teus pais temem, não sei o porquê, mas temem. Ou quando as coisas começaram a esclarecer-se, não teriam ido a correr em busca da protecção que lhe oferece o seu país e os seus amigos milionários.
Se para lançarem a campanha da tua busca e angariarem proventos ficaram em Portugal e daqui percorreram muitos países numa campanha que nada resultou, eu faço umas perguntas a teus papás?

- Se a sua consciência de nada os acusa, porque depois do primeiro interrogatório da nossa Polícia, procuraram o refúgio no vosso país?
- Se a sua consciência de nada os acusa, porque a tua mamã se enervou tanto com o interrogatório da nossa Polícia e se recusou a responder se te agredia ou se te dava sedativos?
- Se a sua consciência de nada os acusa, porque se escudam em grandes advogados para os defender?

Maddie! Teu pai é inteligentíssimo e tua mãe não o é menos e vão resolver a sua situação, só tu minha querida menina, continuas nas nossas orações e nas diligências da nossa Polícia para te encontrar.

Se és anjo… Ilumina a justiça para que ela exista.

Se és viva… Ilumina quem te roubou da tua casa, para que te entregue aos cuidados de teus pais.

Meu coração está chorando,
pela maldade da vida.
Pelos anjos estou orando
e por ti… minha querida.

António Zumaia
Sines – Portugal
17 de Setembro de 2007

sábado, setembro 08, 2007

LUCIANO PAVAROTTI

















Luciano Pavarotti
António Zumaia


O Rouxinol do jardim,
cantava e encantava;
Já se finou para mim,
a melodia que dava.


E tanto me fez sonhar,
em melodias de amor;
Esse homem a cantar,
era um sonho de tenor.


Pavaroti foi o fim…
Um Rouxinol se calou.
Ficou bem triste o jardim,
onde ele encantou.


Era divino o teu canto,
foi um dom que Deus te deu.
Para todos nós um encanto,
que esta vida perdeu.


Tua voz fica gravada,
em todos nós com amor;
Tua figura amada,
foi-se… deixando a dor.


No etéreo onde subiste,
os anjos te vão ouvir.
Na terra ficamos tristes,
mas Deus… está a sorrir.


*****

A minha singela homenagem ao homem e ao enorme talentodo tenor Luciano Pavarotti.
Deus te receba nos seus braços.

Sines – Portugal
06 de Setembro de 2007

quinta-feira, setembro 06, 2007

Crianças






















Crianças
AntónioZumaia


É tão belo… ser criança.
A inocência cantar…
Ter no futuro a esperança,
conhecer o verbo amar.

Seremos, futuro sempre.
Os avós, já são passado,
nossos pais são o presente,
caminhando ao nosso lado.

Os avós são o exemplo;
A nossa força, os pais…
As crianças que contemplo;
É triste… não são iguais.

Há crianças desvalidas,
sem carinho de ninguém;
Andam na rua perdidas,
é o mal, que o mundo tem.

Somos futuro… Se diz!
Mas francamente eu não vejo.
Uma criança infeliz;
Ver! Eu não o desejo.

A minha escola fechou
Fiquei triste sem amigos
Foi um mundo que acabou
São estes, nossos castigos?

Se a criança tem direitos
De adultos vamos brincar
Seremos todos eleitos
Para o país governar

Abrindo as maternidades
Para os manos nascerem
Escolas serão verdades
Para os manos aprenderem

Governo… Do faz de conta!
Temos direito a brincar
Não serei… Maria tonta!
Neste país governar

Crianças serão felizes
Se adultos os respeitarem
Mostrando nossos deslizes
Com amor nos educarem

Sines – Portugal
31 de agosto de 2007


Poema dito por Claúdia Ferreira e Patrícia Ferreira