O Trovador pecou...
António Zumaia
Ele amou, sem ter amado,
Ele amou, sem ter amado,
porque ele tinha o amor...
Pois deu-se, sem se ter dado;
Por isso, recolheu dor...
Foi apenas fantasia,
que sentiu nessa mulher;
Porque sem ver a fazia,
dela só... uma qualquer.
Foi feliz o seu destino,
nesse dia que acabou...
Pois o seu amor divino,
até isso... perdoou.
Foi destino e seu fado,
pecado que cometeu;
Ele não esteve a seu lado,
porque outro amor viveu.
A mulher que sempre amou,
foi seu amor e carinho...
Ela sabe... que pecou,
mas não o deixa sozinho.
Quando os seus olhos cerrou,
quando fez amor com ela
Esse prazer que encontrou,
era da outra... e não dela.
Foi objecto de prazer,
embora isso lhe doa...
É mulher para esquecer,
que um dia esteve em Lisboa.
Porque o amor verdadeiro,
canta-lhe a melodia...
Para ela é o primeiro,
o homem que ela queria.
Ela ama o trovador
e o homem, que nele existe;
Sabe ele ser um pecador,
que peca... e fica triste.
Mas é lindo o seu amor,
porque existe na verdade...
Eles vão esquecer a dor
... rumo à felicidade.
Nota: Poema da Obra O Trovador de António Zumaia
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