Cruéis ventos do nada...
António Zumaia
Que lutem os cruéis ventos do nada,
está perdido na vossa tempestade...
No furacão foi-se a sua amada,
foi essa... a mais perversa maldade.
Assim feriram este pobre humano,
que repousa agora... já desgraçado.
O mundo mudou... ele está insano,
o seu amor, já não está a seu lado.
Deuses... a vossa fúria desgraçou,
este homem que apenas tinha um sonho,
ter a seu lado a mulher que amou...
Que se foi... nesse vendaval medonho.
Á fúria do insano já se assiste...
Seus poemas... são tremenda loucura;
A essa dor e perda... ele resiste;
Mas não vai esquecer, a sua ternura...
Os olhos de mistério estão gravados,
no etéreo de sonho... que viveu.
Estende as mãos, como os abandonados;
Pois seu coração... já muito sofreu.
Deuses é grande a vossa malvadez...
Esse mar encapelado é muralha;
é a vida na mais cruel nudez,
pode ser até... a sua mortalha.
Nota:
Este Poema pode ser lido no livro Água... Vida de António Zumaia
página 31 - Primeira parte / Editora Minerva -Lisboa - 2006
Nota:
Este Poema pode ser lido no livro Água... Vida de António Zumaia
página 31 - Primeira parte / Editora Minerva -Lisboa - 2006
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