terça-feira, maio 08, 2007
Poema do livro Água...vida.
Menino da rua…
António Zumaia
Dolorosamente, minha alma chora…
Esse menino perdido na rua
sobrevive... mas não sabe onde mora;
é companheiro do sol e da lua.
Estende sua mão para quem passa,
em suave expressão de ensandecido…
Come, como pássaro que esvoaça.
A vida fez dele… um pobre perdido.
Dolorosamente, minha alma chora,
porque existe crianças sem ternura…
Destemperança no mundo vigora;
e seu berço… é a viela escura.
Porque me dói assim o coração,
ao vê-los sujos esfarrapados?
Meu Deus, ouve esta minha oração
não os deixes assim… desamparados .
Dolorosamente, minha alma chora,
Nesta dúvida… de belo porvir.
Rezo… e tenho esperança, agora,
que os possa ver… um dia sorrir.
Nota:
Este Poema pode ser lido no livro Água... Vida de António Zumaia
página 79 - Segunda parte / Editora Minerva - Lisboa - 2006
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1 comentário:
gostei do seu poema, veja o meu
Menino de rua
Rua,
Minha companheira do dia
À noite se faz perigosa e fria
E me faz temer com as más companhias
Sou um menino que ninguém quer conhecer
Parece que tem medo,
Nojo ou coisa assim.
Às vezes me falta um sorriso
Por não ter um amigo
Amigo, que eu queria ter
A rua, parece que me tem como filho
E dela eu recebo carinho,
Como a solidão e a tristeza
Até sei o que é humilhação e vergonha
Mas, procuro esquecer;
Hei!! Você.
Me dá uma coisa!
Porque coisas é o que eu queria ter
Me dá um dinheiro!
Porque trabalho
Ninguém confia em deixar eu fazer
Me dê amor!
Porque bandido eu não quero ser
Eu sou aquele que sofre com fome
Menino de rua é meu nome
Porque se eu tenho outro,
Ninguém quer saber.
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