sexta-feira, maio 18, 2007
Poema do livro Água... Vida
Ciúme...
António Zumaia
Cruel espada de gumes afiados,
senhora de batalhas e desdéns...
Teus inimigos, por terra prostrados,
cantam a desdita... em que os tens.
Essa dor... que é doida no coração,
melodia de triste tempestade.
Deste... e tiraste essa ilusão
e feriste, com grande crueldade.
Essa quimera que ofereces a eito,
Abre ferida e queima como o lume...
Mas por sonhar com ela no seu leito,
feriu-me a espada aguda, do ciúme...
Feriu-me sem dó e sem piedade,
ver-te nos braços, de outro alguém.
Meu coração... é a tua maldade;
foi dor intensa, esse teu desdém...
Que se espalhe o meu sangue e a dor,
a duros golpes dessa cruel espada...
Pois, se não posso viver com amor,
quero a seus golpes... a vida acabada.
Porque este meu terrível ciúme,
não se dilui, no teu belo perfume...
Nota :
Este Poema pode ser lido no livro Água... Vida de António Zumaia
página 72 - Segunda parte / Editora Minerva - Lisboa - 2006
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