sexta-feira, março 30, 2007

CANTADAS






















CANTADA nº 01

CANTADA DO AMOR
António Zumaia

Vem a meus braços,
vamos criar o mundo…
Só nosso de carinho,
sem um único espinho.
Amor louco e profundo,
escrito a ouro, nos espaços.

Melodia de corpos se unindo,
num perfume de lírios do campo,
atapetado de lindas rosas...
Como teu corpo, mimosas.
Louco... serei teu manto,
com doçura estás sorrindo.

E como doce pétala abrindo,
teu mundo de doce amor;
Vogaremos em melodia de loucos,
perdendo a timidez aos poucos,
Daremos à vida linda flor,
na melodia que estamos sentindo...

É neste amplexo que vamos viver,
dando ao mundo a grande lição,
de nos amarmos, com o coração,
divinizando todo nosso ser...


Nota:

CANTADAS DE ANTÓNIO ZUMAIA

É sabido que no período trovadoresco a poesia não era escrita para ser lida por um leitor solitário.Era poesia CANTADA. Eram poesias intimamente ligadas a música.

Os autores destas cantigas eram chamados Trovadores.No cancioneiro medieval e renascentista de países como Espanha, Portugal, França e Inglaterra, encontraremos muitas Cantadas.

E a esta série de 12 poemas, denominei CANTADAS por ter procurado incorporar a melodia e a sonoridade dos trovadores de antanho.
01- Cantada do Amor
02- Cantada da Vida
03- Cantada do Desejo
04- Cantada do Ciúme
05- Cantada do Mar
06- Cantada dos Deuses
07- Cantada da Ausência
08- Cantada da Saudade
09- Cantada da Loucura
10- Cantada da Dor
11- Cantada do Medo
12- Cantada do Fim

O Trovador pecou...














O Trovador pecou...
António Zumaia

Ele amou, sem ter amado,
porque ele tinha o amor...
Pois deu-se, sem se ter dado;
Por isso, recolheu dor...

Foi apenas fantasia,
que sentiu nessa mulher;
Porque sem ver a fazia,
dela só... uma qualquer.

Foi feliz o seu destino,
nesse dia que acabou...
Pois o seu amor divino,
até isso... perdoou.

Foi destino e seu fado,
pecado que cometeu;
Ele não esteve a seu lado,
porque outro amor viveu.

A mulher que sempre amou,
foi seu amor e carinho...
Ela sabe... que pecou,
mas não o deixa sozinho.


Quando os seus olhos cerrou,
quando fez amor com ela
Esse prazer que encontrou,
era da outra... e não dela.

Foi objecto de prazer,
embora isso lhe doa...
É mulher para esquecer,
que um dia esteve em Lisboa.

Porque o amor verdadeiro,
canta-lhe a melodia...
Para ela é o primeiro,
o homem que ela queria.

Ela ama o trovador
e o homem, que nele existe;
Sabe ele ser um pecador,
que peca... e fica triste.

Mas é lindo o seu amor,
porque existe na verdade...
Eles vão esquecer a dor
... rumo à felicidade.


Nota: Poema da Obra O Trovador de António Zumaia

terça-feira, março 27, 2007

NAUS


















Nau do Insano I
António Zumaia

Embarquemos na nau do insano,
Vamos fazer do amor a glória
Dele algo de belo, profano.
Será essa a nossa vitória...

Velas desfraldadas ao vento,
Com nossos corpos vamos compor,
Delícias em nosso pensamento.
Realizar bela melodia de amor...

A nau será nosso precioso ninho,
Nossos lençóis serão suas velas...
Embriagados pelo precioso vinho,

Feito com uvas mais belas
Uvas de delicioso carinho...
Digno das mais lindas telas.

Vamos nos amar na nau dos insanos,
Esquecendo a nossa condição de humanos.

Nota:

NAUS DE ANTÓNIO ZUMAIA

Na diáspora Lusitana em sua incessante busca de dar novos mundos ao mundo, foi movendo-se no minúsculo tombadilho de suas naus e sonhando com a magia das sereias que fizeram essas conquistas maravilhosas; Assim, naus, sereias e mulheres surgem no sonho do poeta, numa amalgama de aventura e beleza que o fez escrever os versos que alimentam esta obra.

01- Nau do Insano I
02- Nau do Insano II
03- Nau do Insano III
04- Simples Nau
05- Minhas três naus
06- Nau sem amor
07- Nau do ciúme
08- Nau do amor
09- Pobre nau I
10- Pobre Nau II
11- Nau da acalmia
12- Nau da tormenta
13- Nau da verdade
14- A Nau de Prata
15- Linda Nau
16- Nau em Sines
17- Nau da desgraça
18- Nau do engano
19- Nau do adeus
20- A Nau... acabou
21- A Nau voltou
22- Nau... felicidade
23- Nau desgovernada
24- Perdeu-se a nau
25- Nau da traição

segunda-feira, março 26, 2007

Fado das Rosas













Fado das rosas...
António Zumaia

É meu fado e minha sina,
saber-te longe de mim...
Não começou, já termina;
Nas flores do meu jardim.

Essas flores que eu plantei,
com carinho e amor,
foi teu nome que lhes dei,
a essa roseira em flor...

Amarelas, sua cor...
São meu carinho e ternura;
Elas dão-me o teu amor
e a mais bela ventura.

As minhas rosas eu amo,
sou delas o tratador...
Logo de manhã as chamo
e respondem com amor...

No meu fado estou com elas,
poisadas na minha mão...
São caricias bem singelas,
mas toda a minha ilusão...

Este poema faz parte da
Obra FADOS de António Zumaia

domingo, março 25, 2007

Sós...















Sós…
António Zumaia

Sós! Estão os lobos uivando na serra;
Mostrando em crueldade as suas presas,
mordendo as mentiras e as certezas,
que pairam ofensivas… nesta terra.

Humanos feitos lobos sanguinários,
cruéis despojos o são desta vida;
Se alimentam de sangue da ferida,
da crueldade são seus visionários.

Mordem com palavras e com ofensas,
sua vida se espraia na traição…
São os sós… nessas vidas de cão,
que nos fazem nojo, as suas presenças.

Esses são os sós que a vida tem,
uivam impropérios cruelmente.
Seus latidos são os de um demente,
dilaceram presas, que ao dente vem.

Mas eles estão sós, no meio do mundo;
Embora dominem impondo o medo,
eles vão pagar, seja tarde ou cedo,
o seu crime infame e imundo.

Porque estão sós, assim vão viver.
Porque estão sós, assim irão morrer.

sábado, março 24, 2007

As três rosas















As três rosas...
António Zumaia

As três rosas que te dei,
são sete pecados meus.
Nessas rosas eu amei,
as flores, que Deus me deu.

As três rosas que te dei,
foram três cenas de amor,
que eu vivi e não sonhei,
nesse perfume de flor...

São sete pecados meus,
que sem saber cometi ;
Sonhar-me nos braços teus,
belos momentos vivi...

Nessas rosas eu amei,
quis sempre ser teu amor...
Pois minha querida eu sonhei,
que eras mais uma flor.

As flores que Deus me deu,
para sempre as guardarei,
como tesouro que é meu ;
E para sempre amarei...

Este poema pode ser lido no livro Água... Vida de António Zumaia
página 98

sexta-feira, março 23, 2007

Devaneio da Ilusão
















Devaneio da ilusão...
António Zumaia.


Calma e linda , vai a noite serena,
Na difusa luz de uma lua cheia,
No suave canto e ameno do mar...
Estão dois seres prontos para amar,
Inebriados pela beleza que os rodeia,
Daquela praia , de uma luxúria amena...


Ele...

Oh! amor , divulga ao mar os teus anseios,
Confessa à lua os teus melhores desejos.
Estamos sós , tudo se pode realizar,
Faremos amor, como o mais belo par...
Cobrirei teu corpo lindo com meus beijos,
E farei doces loucuras nos teus seios...

Ela...

Quero teu corpo ardente como o meu manto,
E teus beijos, apetitoso sustento.
Quero-te como o mar beijando a areia,
E como esta beleza que nos rodeia,
O meu corpo, de ti está triste e sedento
Dissipa em mim, o meu doloroso pranto...

E nesta areia que é beijada pelo mar,
Dois seres que se amam e recriam a vida...
Delícia de dois corpos belos, dourados
E que se sentiram nesta areia amados;
Toda a beleza circundante esquecida,
Fazendo amor e perdidamente amar...

Lua que atenuou dos seus raios a luz,
Com uma ligeira nuvem se tapou...
O mar lentamente suavizou seu canto,
Cobriu de ternura a areia, foi seu manto
E bem sereno a ela a beijou,
Mostrando a seus filhos, como se seduz...

O homem e a mulher se amaram
Os mistérios da vida completaram...
Mas como nos ama a mãe natureza,
E como se desprende em esplendor,
Sorri... quando nos vê fazer amor,
O continuar da vida... uma certeza.

quinta-feira, março 22, 2007

Dia Mundial da Água














Hoje é o Dia Mundial da Água

Água II...

És tu água... que alimentas a vida;
O dom mais precioso de todos nós,
lavas suave a alma empedernida;
Mas no mar podes rugir bem feroz.

Fazes parte de todo o nosso ser...
Nosso corpo de ti sempre sedenta;
Ao ser humano tu fazes viver,
pois sem ti, o corpo não se alimenta.

Tens essa grandiosidade do mar;
Do pobre regato a humildade...
Na beleza dos lagos fazes sonhar.

Mas perder-te é uma crueldade;
Que sempre a todos nós... pode matar.
É desesperante... mas é verdade.

Este soneto encontra-se na página 18 do livro
Água... Vida. de António Zumaia

quarta-feira, março 21, 2007

Dia Mundial da Poesia














Manuel da Fonseca diz: O poeta tem olhos de água para
reflectir todas as cores do mundo.

Minha homenagem ao Dia da Poesia

O poeta…
António Zumaia

Ele ama, mesmo sem amar…
Ele vive, mesmo sem viver…
Ele sofre, mesmo sem sofrer
e passa a sua vida a sonhar…

Mas Poeta todo mundo é teu;
Belos sentimentos vais cantar,
o louco amor vais eternizar
e do nobre, fazes um plebeu…

Muda até a face à vida…
A essa mulher, que tanto amas,
a fazes etérea e querida…
Nos teus poemas a chamas,
apelidando-a de tua flor…

Mas não sabes dar amor.
O poeta diz, nasceu para sofrer;
Mas és o encanto das palavras…
Crias beleza... mas tu acabas,
teus poemas, ficam a viver…

Por isto o poeta é um louco,
delira na vida e na tristeza…
Aos sentimentos dás beleza
E andas no mundo, muito pouco…


Aos poetas do meu tempo, vivam a vida… Os poemas ficam.

domingo, março 18, 2007

Dia do Pai!






Dia do Pai
19 de Março de 2007

Pai
António Zumaia

Ter meu pai e o seu amor, faço questão;
Exemplo… sempre por ele me pautei,
Honestidade… por aí caminhei;
Nessa estrada livre do meu coração.

Pai! Tu que em amor sempre me criaste,
mostrando-me o caminho da verdade;
Os duros caminhos da realidade
e tudo de belo, para mim sonhaste…

De todo o mal sempre me protegeste,
nas bem duras teias que o mundo tece;
Nas dúvidas teu bom senso me esclarece.
Viveste minha vida e de ti esqueceste.

O amor de pai é muito diferente,
enriquecido pela sua protecção;
Doa a bondade de seu coração,
ver seu filho feliz, já fica contente.

Foste sempre um exemplo a seguir;
Verdadeiro herói nas agruras da vida…
No teu amor à minha mãe tão querida,
enfrentando a luta sempre a sorrir.

És meu pai, para sempre um leal companheiro;
Guia pelos escolhos que a vida tem,
ensinando-me o caminho do bem;
O teu amor é leal e verdadeiro…

sábado, março 17, 2007

Ah! Poeta...

















Ah! Poeta...
António Zumaia

Sonha o teu grito calado no peito;
Ecoando pelos alcantis da serra...
Queres honestidade na tua terra.
Queres a mulher que amas, no teu leito.

Grita poeta na tua poesia,
escreve nela, a tua razão;
Essa revolta do teu coração,
de um bravo povo, que se perdia...

Esse grito não se pode calar,
pois nele vai a tua liberdade,
de gritar ao mundo, a tua verdade
e somente o mundo, fica a ganhar...

São teus poemas, gritos de alerta;
Beleza descrevendo sentimentos,
são as negras lágrimas, de tormentos
e das injustiças a descoberta...

És divino quando cantas o amor;
Escreves no céu, a beleza e o carinho;
Choras a mulher, quando estas sozinho
e te encantas, com uma simples flor.

Ó poeta, olha que o mundo é teu,
da palavra tens divino poder...
Não creias, que nasceste para sofrer;
Cumpres o destino, que Deus te deu.

Grita os teus poemas ao vilão...
Denuncia aquele que é prepotente,
acaba com a raça, a essa gente...
Porque todo o homem, é teu irmão.

sexta-feira, março 16, 2007

Perdido











Perdido
António Zumaia

Foi no teu belo corpo, doce mel
que os deuses, construíram seu altar...
Cunhando o teu retracto no broquel,
numa dura luta, para me afastar.

Perdi-me na tempestade da vida
e já nem sei... se lutar por ti quero...
Derramei sangue, pois esta ferida
foi para mim, um castigo bem severo.

Que os deuses consumam o teu carinho,
mas cegarei, pois eu não quero ver,
manchas de prazer, em lençóis de linho.

Nesses lençóis, que um dia pensei ter...
Que venha o Baco e me traga o vinho;
Embriagado, até posso viver....

Esta poesia encontra-se na página 65 do livro
Água... Vida de António Zumaia

Visitem a Fábrica de Sonhos
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quinta-feira, março 15, 2007

Água... Vida. António Zumaia

Prezados amigos,
Apresento-vos o meu livro de poesia Água... Vida.
Foi lançado em 04 de novembro de 2006.
Quem desejar adquirir um exemplar é só entrar me contacto através dos seguintes e-mails;

António Zumaia

Dia da Poesia - 14 de março


















Castro Alves

Poesia
António Zumaia

Das mãos do poeta nasce a poesia;
É um sonho que ele realiza,
É por isso que é tão lindo o seu dia.
Ele vai… mas seu poema eterniza.

O poeta sofre e vive o amor,
doce amálgama é o seu viver;
Na poesia escreve a sua dor,
brada em lamentos… mesmo sem sofrer.

A poesia nasce das suas mãos,
é deusa dilecta do seu sentir.
Todos os sentimentos… sonhos vãos,
congregando beleza, no mentir.

Cria nas palavras os sentimentos,
escreve a fogo a vida inventada;
Dá vida à poesia em momentos…
Em seus momentos de vida sonhada.

Vai poeta o tempo vai passando,
solta ao vento sonhos e alquimia;
Escreve agora o que vais sonhando,
porque no mundo, só fica poesia.

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A minha homenagem ao insigne poeta que foi Castro Alves.