Solta e bela, seios atrevidos;
Mas foi seu canto... melodioso,
As sereias que contigo andaram;
Esta sereia é o teu destino,
Nota:
Ó vento…
António Zumaia
Ó vento sopra baixinho,
brisa suave e leve…
Sopra um doce carinho,
como poema que se escreve.
Ó vento…
Sopra-me as brumas da vida;
Clareia-me o amor…
Vislumbrar mulher querida,
entre as pétalas de uma flor.
Ó vento…
Sopra canções de ninar,
amarei assim o vento;
Vou escrever o teu cantar,
sem uivo ou um lamento…
Ó vento…
Canta-me a suavidade,
da brisa que vem do mar.
Nos alcantis a verdade,
da mulher que estou amar.
Ó vento…
Porta contigo o amor,
dessa mulher… de tão longe.
Claustros duros já sem cor,
que me fazem sentir monge.
Ó vento…
Vem junto a mim com carinho
e juntos vamos cantar;
Como sedentos de vinho,
porque ele nos faz sonhar…
Ó vento…
Essa mulher se a perder,
rugiremos tempestade;
Porque sem ela viver…
Será terrível maldade.
Nota:
ESPÍRITO DO VENTO DE ANTÓNIO ZUMAIA
Ninguém se pode furtar ao vento, cujo poder nada respeita e a todos perpassa da forma que entende, na suavidade ajuda o homem, mas na sua fúria pode destruir e varrê-lo da vida.É ainda no mistério do seu cantar que o poeta o escuta e lhe transmite o que lhe vai à alma. Encanta-o ver esse elemento abraçado ao mar numa parelha de dois loucos que o enlevam a escrever, no entanto o mar não tem a possibilidade do vento, que todos os continentes percorre livremente, é neste sentido que o poeta lhe presta a sua homenagem e o considera na sua poesia.
01 - Espírito do Vento
02 - Vento, meu companheiro...
03 - A dor...
04 - Sussurrando teu amor
05 - Cruz do poeta
06 - Foi sim
07 - A vida no tempo
08 - Vento
09 - Desespero
10 - Liberta-me... Ó Vento
11 - Sou Vento que passa
12 - Só tu... Amor!
13 - Amo-te... mulher!
14 - Rezo no Vento...
15 - Já escrito no Vento
16 - O homem
17 - Loucura
18 - Nunca fui teu
19 - Dar tempo
20 - Simples folha
21 - Acabou
22 - O louco
23 - Solta-me... porque te amo
24 - O grito
25 - Sonho que a vida me leva...
26 - Poeta do sonho