A Praia
António Zumaia
Essa areia que o mar já beijou,
ávida de sol... e de amor.
Na areia que o bruto mar tomou,
vê-se agora... com todo o esplendor.
Sereia que nela está deitada,
outra longínqua quis imitar:
Os seus dotes de sereia encantada,
de longe... conseguiu suplantar.
A melodia do canto... encantou;
promessas desse olhar... foram vida
e o trovador... tão louco ficou,
sem querer a tratou... de querida.
Solta e bela, seios atrevidos;
suas pernas, melodiad e amor;
os seus lábios agita os semtidos,
de seu corpo... um estranho calor.
Mas foi seu canto... melodioso,
enfeitiçou... pobre trovador,
que ao ouvi-lo... sentiu-se tão ditoso,
que sem querer, já lhe deu amor.
As sereias que contigo andaram;
lembra... o seu destino perdido,
foi nos poemas... que elas sonharam,
trovador... que apenas foi esquecido.
Esta sereia é o teu destino,
é teu fado... tua vida.
Ama-a no teu louco desatino,
a outra sereia... foi esquecida.
Nota:
Este Poema pode ser lido no livro Água... Vida de António Zumaia
página 21 - Primeira parte / Editora Minerva -Lisboa - 2006
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