Existência
António Zumaia
Se amar é vida,
por que a perco dia a dia?
Eu amo no extremo...
Tudo o que faço é com amor;
acarinho a sedução do ser,
acaricio num amplexo de doçura,
sussurro poemas quando eu amo.
Dou amor... sem ver,
ela diz não... fico sereno,
aceito sorrindo a dor.
Revolto-me...
Porque estou acabando,
cabelo branqueando,
rugas rasgando.
Se foi tanto amor que dei,
por que vou findar?
O tempo passou e eu amei,
e eu sei... Não posso lutar.
Porque ao soletrar,
o verbo amar... é dar.
Tudo... até a vida.
Nota:
Nota:
Este poema pode ser lido no livro Água... Vida de António Zumaia
página 96
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