domingo, abril 01, 2007

ANDORINHA






















Andorinha...
António Zumaia

Esvoaças louca no vento,
gozando de liberdade...
Quem te guia é o pensamento;
Nem conheces a saudade.

O céu é o teu destino,
onde danças livremente;
Tu andas num desatino,
sempre feliz e contente...

Nos espaços cantas a vida,
num chilreio que bem soa...
Chegaste a ser querida,
nesses beirais de Lisboa...

Mas amas a liberdade,
com tuas asas ao vento.
O céu... é tua verdade,
a vida... teu alimento.

No vento tu danças louca,
ninguém te pode prender,
queres liberdade que é pouca,
mas tu a queres viver...

Este pobre trovador,
nas suas mãos te quis ter,
acabou provando a dor
e também, por te perder...

Voa andorinha da vida
e não esqueças do teu ninho,
onde te sentes querida
e te dão o seu carinho...

Este trovador já viu,
que afinal tens coração
e na sua alma sentiu,
que tu não foste ilusão.

Voa andorinha da vida.
Pois serás sempre querida...

Nota:
ANDORINHA DE ANTÓNIO ZUMAIA

Nestes poemas versa a figura mítica de uma andorinha e de um trovador sem esperança, mas extremamente enamorado, Assim ele escreveu doze poemas expondo as mais diversas situações enquanto que a andorinha apenas faz um, mas responde cabalmente ao homem que a pretende aprisionar e cercear o seu desejo de liberdade.
Pode reparar-se ainda, que de forma alguma, o desejo do trovador seja submeter à andorinha ao seu domínio amoroso, mas apenas ele verseja em lamento por não ter a possibilidade de uma presença constante; Dá idéia que a pretende como musa dos seus poemas, mais que a mulher e seus carinhos; Por seu lado a andorinha pretende ser livre e ter apenas o seu ninho de amor nos braços do seu trovador, e por fim voar.

01 – Andorinha
02 – Voa andorinha
03 – Triste andorinha
04 - Andorinha e o Trovador
05 - Teu destino andorinha
06 – Vem andorinha
07 – Esquece andorinha
08 – Pára... andorinha
09 – Vê andorinha
10 – Da andorinha ( Pobre trovador)
11 – Morreu a andorinha
12 – Andorinha esquecida

António Zumaia
Sines - Portugal

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