Amor e Rosas
António Zumaia
Sonhem rosas meu destino,
perfumem a minha vida...
Já velho, mas sou menino,
para a mulher mais querida.
E tanto amor quero dar...
Por as rosas no teu leito,
fazer amor... e amar;
Apertar-te a meu peito.
Ao beijar-te docemente,
dos teus lábios... o sabor.
Ficarei eternamente,
bem preso... ao teu amor.
Foi a vida que me deu,
o teu perfume de rosa...
Para mim ela escolheu,
a mais bela... e formosa.
Mas tem espinhos esta flor,
que me rasgam em saudade...
É esse mar... que é dor;
Separa-me... na verdade.
Aperto a rosa de amor;
Há sangue na minha mão,
é o vermelho da flor...
Que é cor do meu coração.
Minha saudade que grita,
quero rosas nesta vida;
Pois essa mulher bendita,
noutras terras... está perdida.
Então grito como louco,
quero as rosas no meu peito;
A vida dá-me tão pouco,
quero a mulher... no meu leito.
Nota:
Este Soneto pode ser lido no livro Água... Vida de António Zumaia
página 86 - Segunda parte / Editora Minerva-Lisboa - 2006
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